Aposta de Pascal
Blaise Pascal (1623-1662) foi um matemático, físico, inventor, filósofo e teólogo francês do século XVII. É conhecido pelas suas contribuições para a teologia, para a filosofia da matemática para as ciências sociais, para o método científico e pela sua invenção da primeira máquina de calcular, além de esclarecer conceitos de mecânica de fluidos tais como o de pressão e de vazio.
Era filho de Étienne Pascal e Antoinette Begon, nasceu na França em Clermont-Ferrand. Antoinette Begon morreu quando Pascal tinha apenas três anos e, após tal acontecimento, seu pai (Étienne Pascal) decidiu-se muda para Paris. Desde cedo Pascal apresentava grande habilidade na matemática. Com apenas 19 anos inventou a primeira máquina de calcular e, esse sendo o começo de suas grandes contribuições as mais diversas áreas do nosso conhecimento.
Blaise Pascal acabou falecendo em Paris, no dia 19 de agosto de 1662, vítima de câncer.
A aposta de Pascal
Um resumo da aposta de Pascal |
A aposta de Pascal não propõe provar a existência de Deus, mas, demostra ser é mais sensato crer em Deus, pois:
1- Se você crer em Deus e estar certo: recompensa eterna;
2- Se você não crer em Deus e estar certo: nada a perder;
3- Se você crer em Deus e estar errado: nada a perder;
4- Se você não crer em Deus e estar errado: sofrimento eterno.
Portanto, o argumento baseia-se de que é logicamente mais sensato acredita em Deus, pois, analisando o que temos a ganhar e o que temos a perder, o melhor seria racionalmente apostar que Deus existe. Como é expresso por ele em seu livro "Pensamentos":
"Você tem duas coisas a perder: o verdadeiro e o bom, e duas coisas a comprometer: sua razão e sua vontade, seu conhecimento e sua bem-aventurança; e sua natureza tem duas coisas das quais fugir: erro e miséria. Sua razão não é mais prejudicada escolhendo um do que o outro, pois é necessário escolher. Este é um ponto vazio. Mas sua felicidade? Pese o ganho e a perda, levando a cruz que Deus é. Vamos estimar esses dois casos: se você ganha, ganha tudo; se você perder, você não perde nada. Aposto, portanto, que ele é, sem hesitação ." - Blaise Pascal (1670)
Refutações:
Agora, após ter feito uma explicação do argumento da aposta de Pascal, eu gostaria de demostra o do porque ela é falha e não se sustenta, porque, ela, assim como todo argumento apologético contém vários tipos de falácias e erros lógicos, então, apresentarei tais refutações:
Falsa dicotomia
Como percebemos, a aposta de Pascal é claramente uma falácia da falsa dicotomia, ao qual tenta limita o número de probabilidade, quando, na verdade, tem diversas outras alternativas. Na aposta de Pascal é como se as únicas opções fossem o Deus com "D" maiúsculo existir (o deus do cristianismo) ou não existir, ignorando completamente os outros milhares de deuses que existem pelo mundo. E se o verdadeiro deus for Zeus? E se for Odin? E se for Huitzilopochtli? Ou Brahma? Ou melhor, e se for o nosso grandíssimo amado Monstro do Espaguete Voador:
Monstro do Espaguete Voador |
Se o deus verdadeiro for o Monstro do Espaguete Voador, então, você acabará num inferno sem onde a cerveja é sem álcool e quente e as ‘strippers’ têm DSTs. Então cuidado em; deixando a brincadeira um pouco de lado, iremos apostar em qual deus então? Vamos supor também que cada número real tem uma probabilidade de ser um deus, e cada um desses números reais te condena caso você não o idolatre, horas, nesse caso, a sua probabilidade de acertar isso é zero, pois, você teria um caso favorável de acerta um deus, sobre infinitos casos possíveis.
Boa parte dos apologéticos argumenta dizendo que esse argumento (falsa dicotomia) esquece que Pascal dedicou um capítulo exclusivo para falar da falsidade de outras religiões.
O problema dessa contra-argumentação é claro: assim como Pascal tem diversas razões do porque outras religiões são falsas, nós ateus, também, temos diversas razões dê o do porque o cristianismo, assim como outras religiões, é falsa. O problema aqui é mais afundo: e se eu estiver errado sobre essas razões? E se Pascal estiver errado sobre o motivo do porque tal religião é falsa? Se estivemos errados, então acabaremos errando na aposta. A aposta de Pascal continua sendo uma falácia da falsa dicotomia de uma forma ou de outra.
Onisciencia de Deus
Se o Deus com "D" maiúsculo for onisciente, ou seja, saber absolutamente sobre tudo, um conhecimento infinito sobre todas as coisas, então, ele saberia muito bem que o religioso só acredita nele por puro medo e interesse de ir para o céu. Ou seja, você simplesmente viver como se acreditasse não mudaria absolutamente nada.
Aposta de Smith
Aposta de Smith |
A aposta de Smith é um argumento filosófica que nós convidando a rejeita a aposta de Pascal e demonstra que a posição mais lógica e honesta é a posição ateísta. Como é mostrado na foto acima, George H. Smith mostra a sua aposta da seguinte forma:
"Se não há um deus, estamos corretos: se há um deus indiferente, não sofreremos; se há um deus justo, não temos nada a temer pelo uso honesto da racionalidade; mas, se há um deus injusto, temos muito a temer - assim como o cristão" - George H. Smith
Então, podemos concluir que através dessa aposta apresentada pelo George H. Smith em seu livro "Atheism : The Case Against God" — que a melhor aposta seria na descrença.
Desperdício da sua única vida
Eu me pergunto, como você não perderá nada caso aposte no Deus cristão? Você apostando no deus cristão, terá que crer e ainda levar uma vida cristã, perdendo tempo indo à igreja, dando dinheiro ao pastor, espalhando as bobagens que é dita na bíblia, rezando para algo imaginaria, substituindo sua crença racional por uma irracional. Como assim não perderei nada? Como assim as perdas serão ínfimas?
Esse é o equívoco da aposta de Pascal ao qual mais me incomoda, como se não fosse nada horrível desperdiça a sua única vida com bobagens religiosas.
Conclusão
Mesmo a aposta de Pascal sendo um dos argumentos mais utilizado pelos teístas, é, com certeza, um dos piores argumentos apologéticos que tem, um argumento ao qual não consegue se sustentar em nem nas mais pequenas análises críticas. Sendo assim, eu concluo que a aposta de Pascal já está totalmente refutada.
Espero que tenham gostado do texto.
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